quinta-feira, 22 de março de 2012

Referências:

  • MAGALHÂES, Terezinha da Glória, Jerônimo Gombé & Santo Amaro de Ipitanga, Salvador, Setembro de 2007
  • Jornal da Cidade de Lauro de Freitas, Novembro de 2011

sexta-feira, 9 de março de 2012

DIVIPAC (Divisão de Projetos e Ações Complementares)

No dia 27/11/2010, foi realizada pela Secretaria de Educação de Lauro de Freitas e organizada pela DIVIPAC (Divisão de Projetos e Ações Complementares), na Escola Municipal Dois de Julho (Itinga), amostra dos trabalhos feitos por Profissionais da Rede. Trabalhos que foi apresentado por cada Profissional. Um grupo de Profissionais responsáveis, que trabalham nas Escolas, durante o Ano todo, para desenvolver atividades Culturais, ajudando as crianças e adolescentes, a ter essa paixão, pela nossa Cultura. Lá se encontraram todas as Escolas da Rede Publica de Lauro de Freitas, como a escola Vila Praiana, Apadalf, Santa Rita, São Judas Tadeu, Jardim Talismã, Infância Feliz, Dois de Julho, Eurides Santana, Santa Julia, e etc.
Com os Professores: Artêmio, Rose Barbara, Flávia, Falcão, Sergio Cordeiro, Jaira, Célia, Jackson. Um quadro de profissionais responsáveis por seu trabalho desenvolvido na rede.



 

A 27º Lavagem do Largo do Caranguejo



A História do Largo do Caranguejo

O senhor Antônio Pereira Santos veio do Nordeste de Amaralina em Salvador no ano de 1972, e passou a morar no bairro da Itinga. Senhor de vida simples e muito trabalho, se tornou uma das figuras mais conhecidas do bairro.

O Largo do Caranguejo recebeu este nome devido à prática profissional de seu Antônio, que para tirar o sustento de sua família vendia em sua barraca localizada no atual Largo do caranguejo, diversas mercadorias como arroz, farinha, carne seca e caranguejo.

Com o passar dos anos seu Antônio passou a ser chamado de Antônio Caranguejo, ou de Seu Caranguejo. Isso se deu devido a sua barraca se localizar em um lugar estratégico, em que as principais vias do bairro se encontravam. Quando as pessoas queriam se encontrar sempre marcavam no “Caranguejo”, por isso logo ganhou fama.

O nome do Largo surgiu assim, e esse nome foi também uma forma de homenagear o mais ilustre morador do bairro. Vejam algumas fotos do mais famoso Largo da Itinga, o Largo do Caranguejo!






Itinga, o meu bairro


A cinco quilômetros do centro de Lauro de Freitas, a Itinga é considerado o bairro mais populoso do município, com cerca de 80 mil habitantes. Esse número corresponde a mais da metade da população da cidade.

O bairro da Itinga tem evoluído muito nos últimos anos, hoje os moradores já contam com uma agência dos Correios, Caixa Econômica, diversos postos de saúde, dois postos de gasolina, um hospital de médio porte localizado próximo ao Largo do Caranguejo, (Hospital Jorge Novis), diversas escolas de rede pública e privada, serviço de endemias, uma forte presença de igrejas, áreas de lazer e muito mais.

O comércio nesse bairro é extremamente intenso, influenciando diretamente no crescimento não só do bairro, mas também da cidade. Atualmente o bairro tem atraído um significativo número de consumidores, em virtude de uma das mais novas lojas localizada no bairro, a loja “Tudo por R$ 1, 75”. É possível encontrar uma diversidade de coisas interessantes nessa loja!  
O bairro da Itinga foi criado na década de 70 a partir do engenho de açúcar loteado, ele faz divisa com o bairro de Jardim das Margaridas, em Salvador e são separados apenas pelo rio Itinga e a ponte que une os dois bairros. O bairro é dividido em lotes, e as casas em sua maioria são grandes e com quintal, mas há também alguns apartamentos.

Veja nesse vídeo o que pensa uma moradora do bairro da Itinga!
 

quinta-feira, 8 de março de 2012

O Surgimento do Bairro de Itinga


A área da Itinga tem pelo menos mais de dois séculos e meio com esse nome, o mesmo dado anteriormente pelos índios Tupinambás que aqui habitavam antes da chegada dos portugueses, sendo, portanto os primeiros habitantes. O nome Itinga foi dedicado ao rio que corta a localidade, sua origem é indígena e significa Água branca ou Água clara, devido as suas águas límpidas e cristalinas.
Por volta do século XVI Garcia d’Ávila recebeu de Tomé de Souza em 1552, lotes de terra no litoral baiano. Nessa localidade foi instalada uma missão jesuíta que deu origem a freguesia de Santo Amaro de Ipitanga, isso aconteceu em 1758, com o apoio da familia d’Ávila proprietário da Casa de Torre, também referida como Castelo de Garcia D`Ávila. Em alvenaria de pedra e cal, tinha a função de vigiar o sertão por um lado, resistindo aos ataques dos indígenas revoltados e o mar pelo outro, resistindo aos corsários que então procediam no litoral.
A revolta dos índios Tupinambás estava associado ao desejo dos portugueses em "organizar" os índios, trazê-los para a verdadeira fé cristã, para que assim, costumes como a poligamia, a antropofagia, o andar sem roupas, dentre outros, fosses extirpados. Para os portugueses estes nativos não adoravam nenhum Deus, dizia ele: "são como papel branco, onde podemos escrever à vontade", eram os tupinambás.
Reconhecendo as sérias dificuldades em "converter" os tupinambás ao cristianismo católico, e com a resistência dos índios quanto a exploração de força de trabalho, e a imposição dos costumes os portugueses sentiram a necessidade de buscar novas alternativas de força de trabalho para os engenhos, optando assim por trazer negros de varias partes do continente Africano, afim de utilizar da sua força de trabalho através da escravidão.
Durante o século XX, existia na região da Itinga, uma fazenda conhecida como “Jaqueira”. Herança de família pertencente ao Senhor Da Hora e seu irmão Antônio Pedro, dividida e explorada pelos tios, filhos, netos, bisnetos e tataranetos, e em parte também pertenciam o exército.
Os donos da fazenda viram a mudança da região, que na época era uma mata com trilhas onde as pessoas faziam o caminho de São Cristovão até Itinga. Os moradores atravessavam o rio por uma ponte feita de poste de ferro, onde as mulheres lavavam roupas, carregavam água para beber e cozinhar.   
Em 1940, por ocasião da Segunda Guerra Mundial, com o início da construção da Base Aérea e do aeroporto, é que se vê alterar mais um pouco o ritmo local, quando o então sub-distrito passa a receber gente vinda de várias partes para trabalhar nas obras.  Acabando por serem absorvidas como funcionários da Base Área, aeroporto e da “Malária”, convocada pela própria Base, para erradicar os focos de mosquitos que proliferavam nas águas estagnadas do Rio Ipitanga.
Esse significativo aumento populacional provocaria consequente aumento da necessidade por serviços, desencadeando, na década de 50, o movimento pela Emancipação Municipal, que se consolidaria no início da década seguinte.
Em 1970 foi fundado o bairro de Itinga oficialmente, e tudo começou a crescer, se transformar em loteamentos identificados por pessoas que moravam ou tinham alguma ligação com o local, como, por exemplo, o Largo do Caranguejo. O nome foi dado porque existia um senhor, que saía do Nordeste de Amaralina para vender caranguejo naquele lugar. Como antigamente, até hoje é ponto de referência do bairro, um marco que atualmente é uma praça utilizada para eventos.
Em meados da década de setenta, a ponte feita de poste de ferro que servia para os moradores atravessar o rio, onde as mulheres lavavam roupas, carregavam água para beber e cozinhar, foi substituída por uma ponte de madeira o que possibilitou a passagem de jipe ou Kombi que levavam as pessoas ate as suas moradas.
Nesse período os morados perceberam a necessidade de criar um comércio local para maior conforto, deixar de ir para São Cristovão e começar a viver daquilo que a terra produzia. Então, o homem que vendia caranguejo veio morar definitivamente no bairro e investir em mercearia, lanchonete, supermercado, etc.
Senhor Da Hora e seu irmão também contribuíram para o crescimento comercial, vendendo frutas, farinha e outros alimentos originados do sítio; daí, a Itinga começou a ganhar cara de bairro de Lauro de Freitas.
Nos anos oitenta, ruas foram asfaltadas, ônibus fazendo linha para o centro da cidade de Salvador e transportes para Lauro de Freitas facilitaram e contribuíram muito para o desenvolvimento comercial do bairro, que hoje conta com uma infraestrutura com tendências a evoluir cada dia mais.
Como conseqüência da evolução da cidade, vemos a exploração demográfica e empresarial acontecer mais freneticamente em áreas ate pouco tempo praticamente despovoadas, aumentando assim a fúria mobiliária da cidade crescendo assustadoramente para todos os lados, fazendo desaparecer os últimos espaços ainda restantes da Mata Atlântica e áreas remanescentes de “Comunidades Quilombolas”.